A criação de novos empregos para funções administrativas caiu globalmente em -8% em novembro, em comparação com o mês anterior (outubro de 2024).
A queda foi fortemente influenciada por uma redução na atividade de contratação em serviços financeiros – com empregos caindo globalmente em -11,69% em novembro (vs outubro). As quedas mais notáveis foram em Nova York (-16,31%), Singapura (-15,90%) e Londres (-15,53%).
No entanto, ao comparar o crescimento de empregos no acumulado do ano, houve um aumento global de +17,13% em novas funções de serviços financeiros – em comparação com o mesmo período do ano passado.
As descobertas vêm do Robert Walters Global Jobs Index mais recente – publicado hoje, terça-feira, 17 de dezembro, em conjunto com a Vacancysoft – o único índice do tipo que rastreia o fluxo de vagas para profissionais em todo o mundo olhando para anúncios de emprego externos postados online em tempo real.
Toby Fowlston – CEO da empresa global de soluções de talentos Robert Walters, comenta:
Novembro foi um mês significativo por várias razões — não somente por causa do impacto antecipado que o veredicto da eleição nos EUA poderia ter nas empresas ao redor do mundo. De acordos comerciais a mudanças regulatórias, as empresas estão navegando em um cenário incerto.
“No entanto, o desempenho acumulado do ano do setor de serviços financeiros demonstra sua resiliência e o terreno fértil criado pela recuperação econômica, avanços tecnológicos e oportunidades de mercado globais.”
Serviços profissionais desafiam a tendência
Dos nove setores acompanhados pelo Robert Walters Global Jobs Index, o setor de serviços profissionais foi um dos únicos a relatar um aumento nas funções de trabalho em novembro (+7,20%), em comparação com o mês anterior. Tecnologia, mídia e telecomunicações (TMT) relataram um aumento modesto de +1,17%.
Na verdade, apenas dois países entre os 10 principais em volume de empregos no setor de serviços profissionais relataram uma diminuição nos empregos em novembro em comparação com o mês anterior; Índia (-8,97%) e Reino Unido (-6,84%).
Dentro dos serviços profissionais, os empregos mais demandados globalmente em novembro foram para cadeia de suprimentos/gerenciamento de pedidos (+19,61%), tecnologia (+18,71%), consultor (+9,95%), contador (+9,75%) e jurídico (+8,44%).
Toby comenta: “Lições da pandemia levaram empresas de serviços profissionais a adotar modelos de negócios ágeis – o que lhes permitiu responder rapidamente às mudanças de mercado, garantindo a criação contínua de empregos mesmo durante incertezas econômicas.
“A recuperação contínua das atividades econômicas globais, juntamente com um aumento nas transações transfronteiriças, mudanças regulatórias e mandatos de sustentabilidade e responsabilidade social, impulsionou o crescimento da indústria de serviços profissionais à medida que as empresas navegam por necessidades complexas de conformidade e estratégia.”
Tecnologia virando a esquina
O setor de tecnologia superou os serviços financeiros como o principal motor da criação de novos empregos, 37% de todos os empregos profissionais em novembro vieram do setor de tecnologia, em comparação com 33% vindos de serviços financeiros.
Enquanto os EUA dominam nesse campo, 40% de todas as vagas de tecnologia, mídia e telecomunicações dentro do Índice estão na América – a queda em novembro foi notável, com as vagas caindo em -15,9%.
Em contraste, houve um aumento significativo na Índia, com as vagas agora atingindo níveis recordes (mais de 6 mil vagas postadas) – o que é +30% mais alto que em outubro.
Varejo cai na preparação para a ‘alta temporada’
O varejo e os bens de consumo e serviços caíram para o nível mais baixo no segundo semestre de 2024 – à medida que o recrutamento relacionado à temporada de férias mostrou sinais de retração.
O Robert Walters Global Jobs Index ilustra uma queda acentuada de -27% de empregos no setor em novembro, de forma global, em comparação com o mês anterior.
Os EUA relataram a maior queda em novembro (-32,39%), assim como a Alemanha (-26%) e o México (-13,33%).
Toby acrescenta: “A incerteza econômica e a inflação desempenharam o seu papel em reduzir os gastos dos consumidores. No entanto, outros fatores como automação e avanços tecnológicos, reestruturação da força de trabalho para focar na eficiência e operações mais enxutas, e dinheiro investido em práticas mais sustentáveis em vez do tamanho da força de trabalho – tudo teve impacto no número de funções anunciadas no setor.
“Uma coisa que estamos vendo é uma mudança para a contratação de funções específicas que exigem habilidades avançadas, como marketing digital ou ciência de dados – o que muitas vezes se traduz em menos contratações gerais à medida que as empresas se concentram em preencher posições de nicho.”
Índia (+65%), China (+47,62%) e Israel (+42,11%) contrariaram as tendências globais no crescimento de empregos no varejo – com indicação de produtos estrangeiros ou plataformas de e-commerce internacional ganhando destaque.
Eleição dos EUA diminui temporariamente o apetite para contratar
O crescimento de empregos profissionais nos EUA diminuiu em -17,6% em novembro, em comparação com -8% globalmente.
Especificamente dentro dos serviços financeiros, os EUA é o país líder no Robert Walters Global Jobs Index por volume de empregos, mas registrou uma queda de -14,4% em novembro em comparação com outubro.
O Índice acompanha o crescimento de empregos para funções profissionais em nove grandes indústrias – sete das quais relataram uma diminuição nas novas vagas de emprego nos EUA em novembro (em comparação com outubro).
Nos EUA, o crescimento de empregos para funções administrativas só foi presente nos setores de materiais de construção (+11,11%) e de serviços profissionais (+13,73%).
Embora os EUA dominem a criação de empregos em tecnologia, mídia e telecomunicações – 40% de todas as vagas de TMT no Robert Walters Index estão nos EUA – a queda em novembro foi significativa, com as vagas caindo em -15,9%.
Em contraste, houve um aumento significativo na Índia, com as vagas agora atingindo níveis recordes (mais de 6 mil postadas em novembro) – que é 30% maior que o mês anterior.
